Ônibus desgovernado: Sentença traz condenações

Três pessoas foram condenadas pelo acidente envolvendo um ônibus desgovernado da empresa Viba (Viação Barbarense Ltda). Todos devem recorrer da decisão e a pena varia de cinco a seis anos de prisão em regime semi-aberto. O fato ocorreu no dia 15 de março de 2011 e terminou com duas mortes e seis pessoas feridas.

Em sentença proferida pela juíza da Vara Criminal, Miriana Maria Melhado Lima Maciel, o motorista Alessandro Moreira Oliveira foi condenado a 5 anos e 10 meses; o mecânico Luís Aparecido Barbosa condenado a 5 anos e 7 meses e o coordenador de transportes do município e interventor da permissionária, José Vladeir Truzzi, a 6 anos e 2 meses. Eles também perderam o direito de dirigir por cinco meses. Já o encarregado de operação da viação, José Carlos Oliveira, foi absolvido.

Todos foram acusados de homicídio culposo na direção de veículo automotor e lesão corporal na direção de veículo automotor. A audiência de instrução, debate e julgamento do processo criminal aconteceu no dia 26 de junho. No total, foram 19 testemunhas, sendo 14 de acusação (incluindo as vítimas) e cinco de defesa, além das partes (réus) da permissionária do transporte público.

As vítimas Amauri Gonçalves de Oliveira, Roberto Isler, Renata de Paula Oliveira, Roberto Carlos Figueira, Roseli Pereira dos Santos Bravo e Maria Lúcia de Souza Bonvéchio, familiares representando Rubens Ribeiro e Armando de Souza Gonzaga, que morreram no acidente, foram alguns que prestaram declarações.

A tragédia aconteceu no fim da tarde, quando o coletivo, placas BUS- 5211, possivelmente sem freios, conduzido pelo motorista A.M.O, colidiu primeiramente na traseira do veículo Monza, nele estavam os diretores e atores da Cia Xekmat, Amauri Gonçalves de Oliveira e Roberto Isler, além da esposa de Amauri, Renata Roseli de Paula Rodrigues.

Com o impacto, o carro bateu contra um poste, que se quebrou ao meio. Em seguida, já na contramão, na Avenida Anhanguera, atingiu os veículos Fiesta e Pólo, nas proximidades da rotatória da Avenida Corifeu de Azevedo Marques. Maria Lúcia de Souza Bonvechio foi atropelada e teve fraturas nas duas pernas e na bacia. O então presidente do Comusa (Conselho Municipal de Saúde), Rubens Ribeiro, foi a primeira vítima fatal.

Nas proximidades do semáforo sua motocicleta foi atingida pelo ônibus, que parou somente quando bateu na fachada do NossoHotel, à Avenida de Cillos. O pastor Armando de Souza Gonzaga, que também estava na via, ao ver a condução aproximar-se, tentou sair correndo, mas acabou se tornando a segunda vítima fatal.

A reportagem procurou pelos advogados de defesa de Truzzi e Barbosa, respectivamente, Antonio Dias de Oliveira e José Antonio Franzin, entretanto, eles não foram localizados, mas deverão recorrer da decisão. Já o advogado Oliveira, Oleans José Pires, informou que seu cliente irá recorrer da sentença. \"Foi uma pena muito alta e que não deveria ser aplicada. A culpa foi das condições do ônibus\", afirmou.