Acusado de matar o irmão é absolvido

Jonas Fiais de Carvalho foi absolvido pela morte do irmão. Ele foi a júri popular na manhã de ontem, no Fórum da Comarca, acusado pelo homicídio de Milton César Fiais de Carvalho, que ocorreu no dia 05 de novembro de 2011.

De acordo com o advogado de defesa, Daniel Heleno, a materialidade e a autoria eram certas, uma vez que a vítima foi morta em razão de três pauladas desferidas pelo irmão. \"Não havia nenhuma testemunha presencial, somente circunstancial. A versão de Jonas Fiais de Carvalho foi a de que, pouco antes de chegar em sua casa, teve uma desavença de trânsito com uma terceira pessoa desconhecida. Então chegou na sua casa e teve a cautela de deixar um pedaço de madeira próximo à cozinha. O local é pouco iluminado. Milton vivia mais na casa da namorada, a testemunha Patrícia dos Santos Cardoso e, como se dirigia muito pouco até lá, somente para tomar banho, pegar roupas, etc, Jonas e Milton tinham um código pessoal de que, quando Mliton chegasse, este acelerava a sua moto, fazendo barulho\", explicou.

Como estratégia de defesa, naquele dia, Milton deixou a motocicleta num lava jato ali próximo e o ritual não foi seguido. \"Jonas entendeu tratar-se do indivíduo que tinha discutido poucos minutos antes e, por essas circunstâncias, atacou o irmão, pensando atacar seu inimigo. Quando acendeu a luz, viu que, na verdade, havia atacado seu irmão Milton e correu até o bar ali vizinho e pediu ajuda para socorrer Milton.Encontrou Adenilson Fidélis de Oliveira que foi até a casa deles e, já na saída para pegar seu carro, já deparou-se com a Patrícia, que declarou ter acompanhado Milton até lá a menos de 15 minutos\", comentou o advogado.

Segundo ele, todas as testemunhas ouvidas confirmaram a relação harmônica entre o acusado e a vítima. \"Por tudo o que fora apurado, a defesa entendeu que Jonas agiu imaginando estar se defendendo de um inimigo que teria invadido a sua residência. Assim, a tese da defesa fora a de legítima defesa putativa, que é aquela aonde o agente atua por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supondo situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legal\".

Sem réplica da acusação e tréplica da defesa, o julgamento durou cerca de duas horas e a sentença foi proferida pela juíza da 1ª Vara Criminal, Miriana Maria Melhado Lima Maciel. \"Os jurados entenderam pela absolvição de Jonas e o alvará de soltura fora expedido no ato pela Presidente do tribunal do Júri\", disse ainda o advogado de defesa. Esse foi o último júri popular do ano em Santa Bárbara d\'Oeste.