Cia Xekmat apresenta amanhã o projeto “Contos na Estação”

Acontece amanhã, às 10 horas, o projeto de contação de histórias “Contos na Estação” na Estação Cultural de Santa Bárbara d’Oeste. A companhia ressalta a importância desse período histórico para o desenvolvimento cultural da região. O evento é aberto ao público e conta com o apoio da Fundação Romi.

 

O projeto surgiu em 2008, pela Cia Xekmat, companhia com vinte e quatro anos de existência, com a idéia de se criar atrações culturais nas antigas estações de trem do estado, que vinham sendo transformadas pela iniciativa privada e pelo poder público em novos espaços culturais. Aproveitando todo o cenário histórico disponível, a apresentação de histórias, baseadas em acontecimentos reais, em lendas e causos locais foi julgada como a mais propícia e efetiva. O uso dos dois personagens Pif e Paf, atores/contadores, interpretados por Amauri de Oliveira e Roberto Isler, caracterizados como dois irmãos \"do barulho\", teve a intenção de fazer a ligação entre o público e o espaço Estação de forma dinâmica e divertida.

 

Além da apresentação ao público do espaço histórico e de sua importância como meio de transporte de carga e passageiros durante décadas foram selecionadas três histórias passadas de boca em boca durante os anos e acontecidas no espaço da estação: A história do sabonete, do tempo que sabonete perfumado era para poucos; a história da melancia; voltando aos tempos que a melancia Santa Bárbara era um dos produtos mais conhecidos da região e a história da Noiva Perpétua, do tempo em que o trem era o único meio prático e disponível de se viajar. 

 

A parte em que os contadores falam sobre a história é diretamente a acontecida na estação de Santa Bárbara e sua importância. Nas três histórias contadas é feito uma linha de acontecimentos onde sem a estação de Santa Bárbara e a ferrovia as próprias histórias não teriam acontecido.

 

As histórias, contadas no ambiente histórico, de forma agradável, engraçada, leve, porém real em seu fundo de pesquisa fazem com que o público mais velho da cidade e região se lembre de como era a vida com a estação funcionando. Já os mais novos tem uma visão de como era a vida da população com, muitas vezes, apenas o trem e a estação como forma de se locomover, de viajar, encontra a família e o trabalho.

 

“O projeto tem tudo para agradar ao público e ao mesmo tempo realizar um trabalho educacional, de divulgação de como era a estação, porque parou de funcionar, como voltou à realidade da cidade e o que esperar dela, não mais como transporte mas como disseminadora de cultura e conhecimento”, disse Amauri.

 

O dia e o horário foram escolhidos de forma proposital de forma que o público das mais diferentes idades possa estar presente. Desde o público vindo especialmente para assistir à apresentação até o público eventual que estará na feira na hora da apresentação. As expectativas são as melhores possíveis mesmo descontando-se o ineditismo e novidade da ação.