Vacinação contra Sarampo e Poliomielite segue nos postos

A Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo e contra a Paralisia Infantil encerra oficialmente nesta sexta-feira, mas as doses seguem sendo aplicadas em Santa Bárbara d’Oeste. O município ainda não atingiu o público alvo e os pais podem levar as crianças em qualquer UBS (Unidades Básicas de Saúde) das 7h30 às 16 horas.

 

Devem ser vacinadas crianças entre um a cinco anos incompletos (Sarampo) e entre seis meses de vida a cinco anos incompletos (Poliomielite). De acordo com o último balanço divulgado pela Vigilância Epidemiológica Municipal, 7.589 doses contra a Pólio e 6.639 doses contra o Sarampo já foram aplicadas.

 

A vacinação está sendo realizada nos postos: UBS \"Dr. JeberJuabre\" (Vila Borges); UBS \"Amália Salvador Dal\'Bello\" (Jd. São Fernando); UBS \"Dr. Helio Furlan\" (Cidade Nova); UBS \"Dr. José Togeiro de Andrade\" (Jd. São Francisco 2); UBS \"Dr. Simão Galdeman\" (Jd. Europa); UBS \"Dr. Carlos Peres\" (Bairro 31 de Março); UBS \"Dr. Felício Fernandes Nogueira\" (Pântano 2); UBS \"Dr. José Wenceslau Júnior\" (Jd. Esmeralda); UBS “Paulo Pereira Fonseca” (Cruzeiro do Sul); UBS \"Dr. Célio Faria\" (Conjunto Habitacional Roberto Romano); UBS \"Dr. Rubens Erhardt Brito\" (Jd. Laranjeiras) e UBS \"Dr. Joel Lincoln May Keese\" (Vista Alegre).

 

O objetivo é manter a erradicação da doença no Brasil, que não apresenta casos de poliomielite desde 1990. Para isso, o Ministério da Saúde disponibilizou as doses da VOP (Vacina Oral Poliomielite) em parceria com os município. A recomendação é que todas as crianças na faixa etária sejam vacinadas contra a poliomielite, pois a vacina oral vale tanto para colocar em dia a vacinação atrasada como para reforço de quem está com o calendário em dia.

 

A VIP (Vacina Inativada Poliomielite), utilizada no início de esquema de vacinação, também estará disponível para crianças com o calendário atrasado, ou seja, que não iniciaram o esquema de vacinação com as duas primeiras doses injetáveis, aos dois e quatro meses de idade. Já a vacinação contra o sarampo será feita em crianças entre um e cinco anos de idade (incompletos).

 

Para as crianças com alergia ao leite de vaca, a vacinação ocorrerá posteriormente contra o sarampo. O Ministério da Saúde já orientou as secretarias estaduais e municipais de saúde que evitem vacinar essas crianças com o produto fornecido pelo laboratório Serum Institutte of India Ltd. A iniciativa é uma medida de precaução, devido à presença do componente lactoalbumina hidrolisada nas doses fornecidas pelo laboratório.

 

Para garantir a vacinação correta, os pais ou responsáveis que levarem as crianças aos postos de saúde serão questionados sobre uma possível alergia ao leite de vaca. Caso a criança não tenha registro prévio de alergia, ela receberá a dose normalmente. Vale ressaltar que, para garantir que o esquema básico seja cumprido, as vacinas contra a poliomielite, o sarampo, rubéola e caxumba continuam disponíveis durante todo o ano nos postos de saúde do Sistema Único de Saúde.

 

A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave e a única forma de prevenção é por meio da vacinação. Na maioria dos casos, a criança não vai a óbito quando infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia irreversível, principalmente nos membros inferiores. A doença é causada pelo poliovírus e a infecção se dá, principalmente, por via oral.

 

Embora, atualmente, o Brasil esteja livre da paralisia infantil, é fundamental a continuidade das campanhas de vacinação, para evitar a reintrodução do vírus no país. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 10 países registraram casos de poliomielite em 2013 e 2014, sendo que três deles são considerados endêmicos (Paquistão, Nigéria e Afeganistão).

 

SARAMPO –  O sarampo é uma doença viral aguda grave e altamente contagiosa. Os sintomas mais comuns são febre alta, tosse, manchas avermelhadas, coriza e conjuntivite. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções expelidas pelo doente ao tossir, falar ou respirar. As complicações infecciosas contribuem para a gravidade do sarampo, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. A única forma de prevenção também é por meio da vacina.

 

Os últimos registros de contágio autóctone de sarampo no Brasil ocorreram em 2000. Em 2013 e 2014, foram registrados casos importados ou relacionados à importação, com concentração nos estados de Pernambuco e Ceará. No mundo, em 2014, foram registrados 160 mil casos da doença, de acordo com a OMS. Cabe ressaltar que, com o fluxo de turismo e comércio entre os países, o risco de importação do vírus é maior, por isso a importância da imunização.