O pedido de anulação das provas do concurso público realizado pela prefeitura no mês passado, para preenchimento de vagas de monitor de creche, foi feito na quarta-feira passada por candidatos que ficaram revoltados com alterações feitas dias antes das provas. Eles decidiram protocolar uma representação na Promotoria de Justiça e Cidadania, após detectarem falhas no processo. Conforme explicaram, dias antes da prova a prefeitura fez uma retificação no edital do concurso colocando conteúdo específico. “Antes eram oito temas. Depois colocaram mais um e não prorrogaram o prazo. Isso prejudicou muitos candidatos que não viram a retificação e não puderam estudar sobre o assunto, o que implicaria em mais dois a três livros”, reclamaram. 

Para os candidatos, foi dada preferência às pedagogas, com prova específica, contrariando o edital, que não previa esse tipo de avaliação e exigia apenas o 2° grau completo. “Pelo conteúdo acrescentado essa prova era para ser respondida por quem tem Pedagogia. Na prova caiu só o que havia na retificação. Uma das falhas deles foi não dar mais prazo para os candidatos se prepararem devido à essa mudança”, acrescentaram.

As provas foram realizadas pela prefeitura no dia 16 de novembro. Dos 4.870 candidatos inscritos para diferentes cargos, 4.295 foi para o cargo de monitor de creche.

Esse concurso foi questionado também na Câmara Municipal, pelo vereador Giovanni Bonfim (PDT). Ele disse que recebeu várias reclamações sobre os concursos realizados no dia 16 de novembro e encaminhou requerimento pedindo esclarecimentos à administração municipal. Ele quer saber se foram canceladas questões, se houve alterações no edital, quem elaborou as provas, quais os critérios estabelecidos na formulação da prova, entre outras coisas.  A assessoria de imprensa da prefeitura informou que até o momento não há nada que implique na anulação da prova e ressaltou que já houve o período de recursos no qual foram avaliados os questionamentos e os considerados pertinentes levaram a retificação do gabarito.