Sinpro se reúne com professores demitidos do Colégio Piracicabano e da Unimep

O Sinpro (Sindicato dos Professores de Campinas e Região) promoveu uma reunião com os professores do Colégio Piracicabano e da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba) para tratar sobre as demissões dos docentes e as irregularidades cometidas pela Rede Metodista. O encontro aconteceu na última quarta-feira, dia 10.

Além dos docentes, participaram da reunião o presidente do Sinpro, Carlos Virgilio Borges, a secretária geral, Conceição Fornasari, e o advogado, Marcel Serpellone. “Os docentes presentes foram informados das ações que o Sindicato está tomando perante às demissões irregulares e o não pagamento do salário e do décimo terceiro”, informou.

No dia 21 de dezembro, o Sinpro protocolou uma denúncia junto ao Ministério Público do Trabalho. Em resposta, o MPT afirmou que a Rede Metodista não havia informado sobre as demissões e requisitou ao Sindicato uma lista de todos os docentes demitidos, para que possa encaminhar a denúncia.

O Sinpro informou ainda que os professores que não entraram em contato com o sindicato para informar da sua demissão devem encaminhar um e-mail para o sinprocampinas@sinprocampinas.org.br com as seguintes informações: nome completo, idade, CPF e data de admissão e de demissão até amanhã, dia 12, para que a lista seja encaminhada ao Ministério Público do Trabalho na próxima segunda-feira, dia 15. 

O Sindicato também protocolou junto à Universidade e ao Colégio, na tarde de ontem, uma notificação solicitando os nomes dos docentes demitidos. “É importante lembrar que a Rede Metodista descumpriu o acordo que havia feito com o Sinpro, de encaminhar a lista com os professores demitidos até o dia 28 de dezembro de 2017”, explica.

Além do encaminhamento da denúncia, o sindicato está realizando outras ações para que a Rede Metodista cumpra suas obrigações legais e regularize a situação trabalhista dos docentes. 

Foi protocolada, ainda, na manhã de ontem, uma notificação para o Colégio Piracicabano solicitando o pagamento das verbas rescisórias, os depósitos da multa do FGTS e as demais obrigações trabalhistas. O prazo para resposta da instituição é de 24 horas, caso não haja manifestação do Colégio, o Sinpro informará aos docentes a possibilidade de ingressar com ações individuais.

Quanto à Unimep, o Sindicato ingressará com uma ação coletiva na Justiça do Trabalho para reintegrar os professores, cujas demissões não seguiram o Estatuto e Regimento da Universidade. Hoje, a partir das 10h, o Sinpro e a Adunimep (Associação dos Docentes da Unimep) participarão de uma audiência na Unimep, no Campus Taquaral, com representantes do Instituto Educacional Piracicabano.

De acordo com o Sinpro, não é a primeira vez que a Rede Metodista descumpre o Estatuto e Regimento da Unimep e demite arbitrariamente. “Em dezembro de 2006, foram demitidos 148 professores da Universidade, sem justa causa e sem consulta aos Conselhos de Faculdade, como prevê o Estatuto. Depois de uma ação coletiva do Sinpro e de uma greve que durou 35 dias, os docentes foram reintegrados em abril de 2007”, conta.