Cia Xekmat divulga contações de histórias online para a família

Com quase 30 anos de fundação, a Cia Xekmat de Santa Bárbara d’Oeste vem divulgando histórias online para entreter a família nesta época de quarentena, em virtude a pandemia do novo coronavírus. Com as crianças em casa, especialistas também destacam a importância do entretenimento de qualidade.

 Com as aulas suspensas, as crianças também sofreram algumas adaptações, devido aos protocolos de quarentena e as restrições à circulação adotadas como medida para conter o vírus. Para ajudar as famílias em um cronograma lúdico e educacional, os contadores de história da Cia Xekmat vem compartilhando na internet diariamente vários links com histórias online para toda a família.

 Na página oficial no Youtube do narrador Amauri de Oliveira, vários espetáculos e contações de histórias estão disponíveis tais como: as três perguntas, como o mar ficou, a história do jabuti e o veado, a história de assombração, histórias de pif e paf, nosso jardim, ao pé da letra, entre outras.

 O endereço oficial pode ser acessado através do link: https://www.youtube.com/user/xekmat18/featured. A Cia Xekmat foi fundada em 1990, criada pelos arte-educadores Amauri de Oliveira e Roberto Isler. Atualmente, seus fundadores renovam o seu compromisso de levar teatro, educação e lazer, a preços populares, criando formas de socializar e difundir a cultura para crianças jovens e adultos. Os trabalhos e projetos já realizados e as novidades que virão podem ser vistos na Internet e no facebook: www.ciaxekmat.blogspot.com.br.

 DICAS

 Com tantas crianças e adolescentes em casa, é comum que algumas perguntas e questionamentos possam surgir. Mas qual a melhor maneira de deixar as crianças expressarem seus sentimentos?  Neste momento, o diálogo é uma ferramenta importante para explicar às crianças sobre o período que o mundo está vivendo, ressalta o psicólogo Pedro Braga Carneiro. “Não devemos contribuir para que fiquem assustadas, ou em pânico, mas, dentro da capacidade de compreensão de cada faixa etária, devemos manter as crianças cientes e explicar que atitudes diárias podem contribuir para a prevenção e cuidado”, reforça. 

 Uma das perguntas constantes, feitas pelas crianças e adolescentes é: “quando isso vai passar? Quando vamos sair?”. A ideia de tempo é compreendida de formas diferentes por crianças, adolescentes, adultos e pessoas idosas. “É importante sinalizar que teremos um término, por mais que ainda não saibamos ao certo quando tudo isso vai passar. Pode-se usar marcadores como: o seu aniversário ou de pessoas queridas, o inverno, a época das férias. Sinalizar que, nesses marcadores, faremos novas avaliações: talvez tudo já tenha passado, mas pode ser que ainda estejamos lidando com a pandemia”, reforça Carneiro. 

Manter atividades e inserir a criança em uma nova adaptação de rotina também é importante. O psicólogo dá dicas de como manter o diálogo e estimular que as crianças expressem seus sentimentos. “Manter o vínculo com as atividades escolares vai deixar a criança de alguma forma conectada com a sua rotina normal, permitindo que ela possa continuar acessando conteúdos e tirando as dúvidas necessárias”, disse. A rede estadual e as particulares já estão disponibilizando materiais de ensino a distância para os alunos.

 Atenção com os adolescentes: O diálogo acolhedor e aberto é o melhor caminho nessa fase da vida, perguntar diretamente: “do que você está sentindo falta? O que gostaria de fazer quando tudo isso passar? Como eu posso te ajudar”? A intenção não é resolver os problemas que forem trazidos, mas mostrar a solidariedade, isso já é um grande passo para diminuir o sofrimento. “É bom dar as informações na medida do possível, para que eles também pensem sobre maneiras de colaborar”, aconselha Carneiro. 

 Use a imaginação: Os livros e as brincadeiras lúdicas envolvendo a criação de histórias e o faz de conta também ajudam a criança a expressar o que está sentindo nesse momento diferente que o mundo está vivendo. “Criar e deixar que a criança conduza a narrativa, pode dar boas dicas aos pais e responsáveis de como elas vão falar sobre o que estão sentindo”, reforça.