Em 2017, SB registra 101 mortes em idosos por doenças respiratórias

Estudo da Fundação Seade apontou que 331 pessoas com  60 anos e mais morreram por doenças respiratórias entre 2015 e 2017 em Santa Bárbara d´Oeste. No Estado, as mortes por doenças do aparelho respiratório representam o terceiro grupo de causas de óbitos, ficando atrás somente das doenças do aparelho circulatório e das neoplasias. A pesquisa foi divulgada nesta semana, no último dia 14 de abril.

 

Em 2017, a cidade registrou 101 mortes de idosos por doenças do aparelho respiratório, segundo o estudo da Fundação Seade.  Naquele ano, o total de mortes geral na população com mais de 60 anos foi de 865. No período, a cidade contava com 27.048 pessoas nessa faixa etária. A taxa de mortalidade dessa população considerando as doenças do aparelho respiratório foi de 373,41.

 

Em 2015, o número de mortes por doenças do aparelho respiratório em pessoas com mais de 60 anos no município foi de 133 e, em 2014, 97. A taxa de mortalidade por doença do aparelho respiratório de idosos no período de 2015 a 2017 por 100 mil habitantes na cidade foi de 429%. Na microrregião, entre 2015 e 2017, foram 441 mortes em pessoas com mais de 60 anos em Americana; 344, em Hortolândia; 150, em Nova Odessa; e 459, em Sumaré.

 

Estado

 

De acordo com estudo da Fundação Seade, doenças do aparelho respiratório respondem por 13,5% dos 294 mil óbitos registrados no Estado de São Paulo em 2017. Elas representam o terceiro principal grupo de causas de morte (39.748 óbitos), ficando atrás somente das doenças do aparelho circulatório (85.011 óbitos) e das neoplasias (54.286 óbitos).

 

Segundo o estudo, os óbitos por doenças do aparelho respiratório apresentam tendência nítida de aumento. “O número esperado de óbitos para 2020 seria de 40,5 mil, sem a interferência da atual pandemia. A população com 60 anos e mais é a mais atingida, respondendo por 85% das mortes por esse grupo de causas”, diz.

 

É relevante a sazonalidade das mortes por doenças do aparelho respiratório. Em 2017, o número médio diário cresceu entre janeiro e julho (53%), quando atingiu o patamar de 135 mortes por dia. Para a população com 60 anos e mais, este número diário variou entre 73 e 116 óbitos, enquanto para os menores de 60 anos o intervalo foi de 15 a 19 óbitos.

 

O risco de morte por influenza (gripe) e pneumonia, que vitimou 23.390 pessoas no Estado em 2017, é o mais elevado entre as doenças do aparelho respiratório e apresenta aumento expressivo desde 2006. Esse risco se intensifica entre as pessoas com 60 anos e mais. Em 2017, a taxa de mortalidade por influenza (gripe) e pneumonia, entre idosos, foi 27 vezes maior do que na população de 15 a 59 anos e 79 vezes superior à de menores de 15 anos.