Mulheres conquistam mais espaço no mercado de Segurança Patrimonial
De acordo com dados do
IBGE, as mulheres ocupam 45,3% dos postos de trabalho em todo o País. Essa
presença teve início em 1940, marco da industrialização no Brasil, cujo
processo gerou escassez de mão de obra em algumas funções, permitindo que a
força feminina fosse requisitada para ocupar
essa lacuna. Uma maior representatividade das mulheres também é observada na
segurança patrimonial, promovendo uma quebra de paradigmas e de preconceitos
que envolvem o setor, tradicionalmente ligado ao genótipo masculino.
Dois ótimos exemplos para
ilustrar esse equilíbrio nas contratações são o que a Heineken Brasil e a
Samsung vêm fazendo em parceria com a Security Segurança e Serviços. A Heineken
tem atuado para fortalecer o empoderamento feminino dentro
de suas instalações, inclusive na área de Segurança Patrimonial. “Temos uma
agenda de inclusão e diversidade em nossa empresa. Esse tema é tratado em todos
os níveis da companhia. Para nós, em Segurança Empresarial, não poderíamos agir
diferente, pois estamos inseridos na estratégia de proteção das pessoas e do
negócio”, destaca Antônio de Barros Mello Neves, Sênior Manager Corporate
Security da Heineken Brasil. Para o gestor, “lugar de mulher é onde ela
quiser”, por isso acredita que as empresas devem contratar pessoas por
competências e não apenas pelo fator gênero. “Ainda que temas como equidade de
gêneros, inclusão e diversidade, estejam sendo trabalhados pelas empresas,
ainda se tem um longo caminho a percorrer”.
De acordo com o Estudo do
Setor da Segurança Privada (ESSEG) publicado em 2019 pela FENAVIST (Federação
Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores), apenas 9,7% do
quadro de profissionais é composto por mulheres. “Aqui na Heineken Brasil temos
o orgulho de anunciar um efetivo feminino de
segurança em 42% e esperamos alcançar os 50% em 2021”, reforça Antônio de
Barros Neves.
Já a Samsung apostou em
uma mudança significativa do quadro de colaboradores que cuidam da segurança
patrimonial da empresa ao abrir vagas para um maior número de mulheres nesta
função. O analista de Segurança Patrimonial da Samsung, Darlan Lima De Santana,
comenta que as mulheres são peças fundamentais na operação de segurança:
"Elas são detalhistas e possuem bastante responsabilidade com a atividade
exercida. Com a soma destes fatores, são cada vez mais ativas nos postos e
operações de segurança. Hoje, 50% dos cargos são ocupados por mulheres,
que marcam presença em áreas como portaria e VTR (viatura)”.
A desigualdade entre homens e mulheres no ambiente de trabalho deve ser combatida pelos benefícios que a mulher pode trazer, por exemplo, na sensibilidade para perceber detalhes, administrar contextos de forma diferenciada, bem como no dinamismo no trabalho, o que gera resultados positivos para as organizações. A coordenadora de psicologia corporativa da Security, Ana Lucia de Barros Torres, comenta um pouco sobre essas características: “em nosso segmento as mulheres se diferenciam por características como: conseguir prestar atenção em vários pontos ao mesmo tempo, ser firmes sem perder a simpatia e por administrarem bem pressão e conflitos”.
A segurança na
prática
A oportunidade e a paixão
por querer ter uma profissão que é respeitada e não acreditar que existem
atividades determinadas por gênero, tornou o setor de segurança uma área
escolhida pelas mulheres. Como o setor tem particularidades de procedimentos,
por exemplo a organização das tarefas por escala, o segmento permite conciliar
vida familiar e trabalho. Para Renata De Luca, “isso é importante porque a
mulher consegue alternar dias de folga e de serviço ou ter uma escala com
horário limitado, o que ajuda muito na qualidade de vida”.
Para as mulheres, que são
parte fundamental da renda familiar, trabalhar com segurança é importante, pois
é uma profissão reconhecida, com boa remuneração e muitas empresas contratam em
início de carreira, permitindo que a pessoa adquira formação dentro da própria
companhia. “Acreditamos que há um consenso natural sobre a presença da mulher
neste mercado, uma vez que a Segurança Patrimonial passou a ser percebida mais
como uma atitude de prevenção, com equipe capacitada e formada, do que como
força física ou presença ostensiva apenas”, finaliza a CHRO da Security.