Feriado prolongado: RMC retomará barreiras e vai reforçar fiscalização contra festas clandestinas
Os municípios da RMC (Região Metropolitana de
Campinas) vão retomar as barreiras sanitárias nas entradas das cidades e
reforçar a fiscalização contra festas clandestinas em chácaras com objetivo de
tentar reduzir a circulação de pessoas ao longo do feriado prolongado de Corpus
Christi. A decisão foi tomada em reunião, de maneira extraordinária e virtual, dos prefeitos do Conselho de
Desenvolvimento da RMC, realizada ontem, terça-feira (1º). A preocupação é com
o aumento no número de casos,
internações e mortes por conta da pandemia da Covid-19.
As barreiras terão início já na tarde desta quarta-feira (2) – véspera do feriado - e seguirão sendo realizadas até domingo (6). As Administrações também vão intensificar o trabalho de conscientização junto à população e, caso os números não retrocedam, os prefeitos poderão se reunir novamente já no início da próxima semana para discutir a adoção de medidas mais restritivas.
Para definir detalhes das barreiras sanitárias e do trabalho de fiscalização contra festas clandestinas, a Agemcamp (Agência Metropolitana de Campinas), por meio da Câmara Temática de Segurança, realizará na manhã desta quarta-feira uma reunião virtual com secretários e diretores ligados à área da segurança de cada um dos 20 municípios. Representantes da Polícia Militar e da Polícia Civil também já confirmaram participação.
“Existe uma preocupação grande por conta do recente aumento no número de casos, internações e mortes nas cidades da Região Metropolitana de Campinas. E está bem claro para os prefeitos que o problema não são os restaurantes, o comércio de uma forma geral. O grande problema são as festas clandestinas, em sua maioria, realizadas em chácaras, e até mesmo as reuniões familiares com grande número de pessoas”, explicou o diretor-executivo da Agemcamp, Benjamim Bill Vieira de Souza.
O prefeito de Jaguariúna e presidente do Conselho de Desenvolvimento da RMC, Gustavo Reis, alertou para a possibilidade de adoção de medidas mais restritivas já na próxima semana, caso os números regionais não retrocedam. “Algumas cidades, como Hortolândia e Valinhos, por exemplo, estão registrando um aumento muito grande nos casos e nas internações. Em Hortolândia, o número diário de consultas na unidade respiratória passou de 50 para 170, com todos os leitos Covid ocupados. O cenário em vários outros municípios é o mesmo. Então, caso não haja uma melhora rápida, teremos que discutir medidas mais duras, assim como fizeram outras regiões do Estado”, disse o presidente do colegiado.