Taxa de mortalidade infantil sobe 13% em Santa Bárbara

A taxa de mortalidade infantil cresceu em Santa Bárbara d´Oeste na comparação entre 2011 e 2012, segundo dados divulgados ontem (18/12) pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). Em 2012 a cidade registrou um índice de 9,5 óbitos de crianças por mil nascidas vivas, contra 8,4 em 2011, um aumento de 13,09%. Por sua vez, na comparação com 2010 a taxa foi de 10,7, uma queda de 11,21%.

No Estado de São Paulo, em 2012, a Taxa de Mortalidade Infantil foi de 11,48 óbitos por mil nascidos vivos. Sendo assim, a taxa de Santa Bárbara, apesar de ter aumentado, ficou abaixo do Estado. No Departamento Regional de Saúde – DRS 07 – Campinas o índice foi de 9,9 óbitos por mil nascidos vivos, um pouco superior a da barbarense.

Na região o município com melhor taxa foi Nova Odessa que registrou o índice de (8,5) óbitos por mil nascidos vivos em 2012; seguido de Americana (8,7); Sumaré (8,8) e Hortolândia (9,2).

A pior taxa de mortalidade infantil foi de Santa Bárbara com (9,5) óbitos por mil nascidos vivos. No Município, em 2012, foram 2.328 nascidos vivos e 22 óbitos. A população residente considerada foi de 181.812 pessoas.

A Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste, por meio da Secretaria de Saúde, informou que: “ em análise das tabelas dos anos de 2011 e 2012 foi observado o aumento de nascidos vivos e um aumento de óbitos não evitáveis por más formações congênitas e deformidades. Houve também um aumento do número de gestantes usuárias de entorpecentes que não realizam o pré-natal e, quando procuram o Serviço de Saúde, não comparecem às consultas agendadas, dificultado o acompanhamento”.

O setor diz ainda que: “O Comitê de Mortalidade Materno Infantil foi reestruturado para o acompanhamento e monitoramento dos dados. A pasta ressalta ainda que devido a várias ações tomadas é esperada a melhora deste indicador”.

A taxa de mortalidade infantil é o número de óbitos de crianças de até um ano de idade por mil nascidas vivas – é um dos indicadores mais utilizados para aferir as condições de saúde da população, em especial das crianças menores de um ano. Em São Paulo, para o cálculo desse indicador, é realizada uma pesquisa pela Fundação Seade junto aos Cartórios de Registro Civil de todo o Estado, em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde, que por sua vez repassa as informações produzidas pelas Secretarias Municipais de Saúde.

Estado
No Estado de São Paulo, em 2012, a Taxa de Mortalidade Infantil – TMI foi de 11,48 óbitos por mil nascidos vivos, a menor da série que a Fundação Seade acompanha desde o século passado. Em relação a 2011 (11,55 por mil), essa taxa ficou praticamente estável, mas na comparação com 2010 (11,86) a redução foi de 3,20% e, se comparada com 2000 (16,97), a queda chegou a 32,35%.

Esse resultado reafirma a posição de São Paulo como um dos Estados com menor risco de morte infantil no Brasil. De acordo com as estimativas disponíveis para 2010, a TMI média do país era de 16,70 óbitos por mil nascidos vivos, com o maior valor registrado em Alagoas (30,20 por mil) e o menor em Santa Catarina (9,20 por mil). No contexto latino-americano, a TMI paulista é uma das menores, ficando acima somente das registradas em Cuba (8 por mil) e Chile (10 por mil).

As causas perinatais e as malformações congênitas representam 80% da mortalidade de menores de um ano. Metade dos óbitos infantis ocorreu na primeira semana de vida.

Regiões
Entre 2011 e 2012, a maior redução da TMI ocorreu no Departamento Regional de Saúde - DRS de Franca (36%), atingindo o menor nível do Estado (8,17 por mil); nos DRS de Araçatuba e Araraquara, essa queda foi da ordem de 20%. O DRS da Baixada Santista continua apresentando o índice mais elevado de mortalidade infantil do Estado (15,65 por mil).

Em relação a 2000, todos os DRS registraram redução, com destaque para a queda de mais de 57% de Franca, 40% em Araçatuba, 39% em Registro e 37% em São João da Boa Vista e Bauru. Nessa comparação, os menores decréscimos ocorreram nos DRS de Piracicaba (16%) e Ribeirão Preto (25%).