SP inicia testes clínicos da fosfoetanolamina sintética

Os testes clínicos em humanos da fosfoetanolamina sintética, substância usada no tratamento do câncer, terão início nesta  segunda-feira (25) em São Paulo. O anúncio foi feito pelo governador Geraldo Alckmin na última  quinta-feira (21), no Palácio dos Bandeirantes. 

“Nós teremos nessa primeira etapa 210 pacientes que começam nesta segunda-feira a tomar a pílula fosfoetanolamina. Vai ser feito o acompanhamento com todo o rigor científico e em dois meses já teremos uma avaliação do resultado”, disse Alckmin.

 

Trata-se de uma pesquisa clínica pioneira, que será conduzida pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), na capital paulista. O início dos testes foi liberado já que a realização do estudo foi aprovada pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, do Ministério da Saúde.

“Nós podemos chegar ao máximo de 1.000 voluntários testando a droga em 10 tipos de tumores diferentes. Porque disso? Pretende-se dar todas as chances da droga mostrar a sua eficiência, porque ela pode não ser eficiente no câncer de mama, mas pode ser eficiente no câncer de melanoma. Esse é um desenho científico muito adequado que foi submetido a todo o rigor científico e a todas as comissões de aprovação. Então nós temos um trabalho dentro do que é mais rigoroso em todo o mundo ”, disse o secretário da Saúde David Uip. 

 

É a primeira vez na história que a fosfoetanolamina sintética será testada em humanos, por iniciativa do governo de São Paulo, visando analisar a eficácia da substância no tratamento do câncer. O estudo prevê uma primeira fase, em que serão avaliados 10 pacientes para determinar a segurança da dose que vem sendo utilizada na comunidade. Após essa primeira etapa, caso a droga não apresente efeitos colaterais graves, a pesquisa prosseguirá.

 

O Icesp recebeu da Fundação para o Remédio Popular (Furp), laboratório oficial da Secretaria da Saúde de São Paulo, cápsulas suficientes da substância para realizar a pesquisa. A sintetização da fosfoetanolamina foi feita pelo laboratório PDT Pharma, localizado no município de Cravinhos, interior paulista. A Furp encapsulou a substância e entregou ao Icesp. O pesquisador aposentado da USP de São Carlos, Gilberto Chierice, tem acompanhado todo o processo.

 

Fonte: Governo do Estado