Dia D: campanha mobiliza UBSs em Santa Bárbara

Sábado também foi dia de atualizar a caderneta de vacinação de crianças e adolescentes. Em Santa Bárbara d’Oeste as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) abriram as portas para disponibilizar mais 18 tipos de vacinas. A movimentação no período da manhã foi tranquila.

Neste ano, a campanha do Ministério da Saúde em parceria com as prefeituras convoca mais de 47 milhões de crianças menores de cinco anos, crianças de nove anos e também adolescentes de 10 a 15 anos incompletos, para atualizarem o calendário vacinal.

O objetivo é proteger esse público contra doenças que ainda não estão eliminadas e, portanto, representam riscos para quem não estiver vacinado. Mais da metade (53%) desse público já deveriam ter sido estar com o seu calendário de vacinação completo. “A melhor maneira de prevenir doenças é se vacinar, então vamos aproveitar esse momento na campanha pata atualizar as cadernetas. Fora isso, todo dia é dia de vacina. E em breve vamos organizar um dia de vacina nas escolas”, enfatizou o ministro.

A mobilização nacional reúne cerca de 350 mil profissionais de saúde e 42 mil veículos. Além do envio de 143,9 milhões de doses de vacina de rotina, o Ministério da Saúde também distribuiu aos postos de saúde 14,8 milhões de doses extras de 15 vacinas para a campanha. A campanha publicitária deste ano traz o slogan “Todo mundo unido, fica mais protegido”.

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) distribui cerca de 300 milhões de imunobiológicos anualmente, dentre vacinas e soros, além de oferecer à população todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no Calendário Nacional de Vacinação. Nos últimos cinco anos, o orçamento do PNI cresceu mais de 140%, passando de R$ 1,2 bilhão, em 2010, para R$ 4,3 bilhões, em 2017.

Em crianças as vacinas disponibilizadas segundo o Ministério da Saúde são: BCG – ID, Hepatite B (mantida dose ao nascer), Penta (DTP/Hib/Hep B), VIP (Vacina Inativada Poliomielite), VOP (vacina oral contra pólio), VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano), Vacina Pneumocócica 10 valente, Vacina febre amarela, Tríplice viral (Sarampo, rubéola, caxumba), DTP (tríplice bacteriana), Vacina meningocócica conjugada  tipo C, Tetraviral (Sarampo, rubéola, caxumba, varicela) e Hepatite A.

Para adolescentes as vacinas disponíveis são: Hepatite B, dT  (Dupla tipo adulto), Febre amarela, Tríplice viral (Sarampo, rubéola, caxumba), dTpa, HPV e Vacina meningocócica conjugada tipo C.

 

HPV

Homens e mulheres entre 15 e 26 anos também podem se vacinar contra HPV em Santa Bárbara d’Oeste. A procura vem aumentado nos últimos dias. A ampliação da idade foi aprovada em agosto pela Comissão Intergestores Tripartite (CIT), composta por representantes do governo federal, estados e municípios.

A orientação aos gestores ressalta, ainda, que as pessoas de 15 a 26 anos que tomarem a primeira dose da vacina HPV neste período terão garantidas as doses subsequentes no SUS. Para essa faixa etária, o esquema vacinal é com três doses, com intervalo de zero, dois e seis meses. Com o fim dos estoques a vencer em março de 2018, a orientação do Ministério da Saúde é que a vacina continue sendo administrada apenas no público-alvo (9 a 15 anos).

A rotina de uso desta vacina no público-alvo, que é para meninos na faixa etária de 11 a 13 anos e meninas de 9 a 14 anos, deve ser mantida com duas doses, sendo aplicada com intervalo de seis meses entre elas. A vacina HPV Quadrivalente é segura, eficaz e é a principal forma de prevenção contra o aparecimento do câncer do colo de útero, 4ª maior causa de morte entre as mulheres no Brasil. Nos homens protege contra os cânceres de pênis, orofaringe e ânus. Além disso, previne mais de 98% das verrugas genitais, doença estigmatizante e de difícil tratamento.

Desde 2014, época da inclusão da vacina HPV no Calendário Nacional de Imunização, o Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, vem realizando ações voltadas para o alcance das metas de coberturas vacinais (80%) na população alvo. Para isso, estão sendo realizadas parcerias com as sociedades científicas e trabalho conjunto as igrejas, organizações não-governamentais e com a mídia.

O objetivo é esclarecer sobre o HPV como problema de saúde pública no país e a importância da vacinação, como a mais relevante estratégia para prevenção dos cânceres de colo uterino, vulva, pênis, anus e orofaringe. Além disso, o programa Saúde na Escola, parceria conjunta dos Ministérios da Saúde e Educação, tem como um dos seus objetivos facilitar a vacinação contra o HPV em ambiente escolar.