Conscientização, desmatamento e queimadas são colocados em pauta no Dia da Árvore no CEDIN

De forma lúdica e por meio de brincadeiras e jogos os temas: conscientização, desmatamento e queimadas foram colocados em pauta, no Dia da Árvore, para as crianças dos Jardins I e II do CEDIN (Centro de Vivências do Desenvolvimento Infantil) da Fundação Romi de Santa Bárbara d’Oeste. O Dia da Árvore é celebrado em 21 de setembro, na última quinta-feira.

Os educadores trouxeram para as crianças uma série de informações acerca desta que é uma das mais importantes riquezas naturais. As diversas espécies são fundamentais para a vida na Terra: aumentam a umidade do ar, evitam erosões, metabolizam gás carbônico em oxigênio, potencializam a drenagem do solo, reduzem a temperatura e fornecem sombra e abrigo para algumas espécies animais. Além disso, incluem-se várias plantas frutíferas.

“Para celebrar esta data, os educadores do CEDIN trabalharam, ao longo desta semana, a conscientização da criançada para preservação desta riqueza natural. Mais que um ato simbólico, as atividades desenvolvidas colocaram em pauta a mudança de postura na relação com o meio ambiente”, afirma a Coordenadora do Centro de Vivências do Desenvolvimento Infantil da Fundação Romi, Camila Bonfati Costa Jorge.

O fato é que, o cenário atual das árvores no Brasil não tem sido o dos melhores. Em virtude da grande quantidade de utilizações e da expansão urbana, as árvores têm sido constantemente exterminadas, o que resulta em grandes áreas desmatadas. Esta realidade afeta diretamente a vida de toda a população, que passa a enfrentar alterações no ciclo das chuvas, erosões, assoreamento de rios, redução da umidade relativa do ar, desertificação e perda de biodiversidade.

Estudos do Imazon – Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia mostram que as taxas de desmatamento poderão dobrar com as reduções das áreas de preservação aprovadas recentemente no Congresso Nacional. Segundo o engenheiro florestal Paulo Barreto, pesquisador associado do Imazon, "Vários fatores contribuem com o desmatamento, desde políticas públicas até a economia e o mercado. Há uma relação histórica entre o preço do gado e as taxas de desmatamento. O aumento de preço aumenta o desmatamento, e vice-versa.”

Não bastasse todo esse processo de ocupação dos espaços, consumo desenfreado e desmatamentos, ainda há as queimadas – naturais ou (principalmente) provocadas pelo homem. Em um mês, uma área três vezes a cidade de São Paulo, 70% do Parque Nacional do Araguaia, queimou. A maior floresta do Médio Araguaia, rio que se estende por 2,1 mil quilômetros do Centro-Oeste ao Norte, está perto de desaparecer. São mais de 178 mil focos de queimada em todo o Brasil, neste ano. "As condições atmosféricas têm propiciado esse alto índice, principalmente os 130 dias que já vamos acumulando sem êxito de chuva significativa no nosso estado”, afirmou o meteorologista José Luiz Cabral.

Além de medidas de gestão pública prioritárias a serem tomadas, há uma urgente importância de se trabalhar nas escolas a cultura ambiental infantil. As crianças, sobretudo, nos espaços educacionais, além de se conscientizarem acerca do meio ambiente e seu impacto na vida das pessoas, devem ser instigadas a atuarem como agentes multiplicadores. A partir do momento que elas sentem-se parte da biosfera e agentes ativos nela, elas passam a assimilar a importância da preservação e, consequentemente, compartilham isso em suas casas e espaços de convivência.