NEI conquista 15 medalhas na Olimpíada de Astronomia e Astronáutica

Em 2016 os alunos do Núcleo de Educação Integrada da Fundação Romi conquistaram nove medalhas na 19º edição da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica. Nesta edição, a 20ª OBA, o sucesso foi arrebatador: 15 medalhas foram conquistas pelos adolescentes da escola.

“Ao observar o céu à noite, você fica curioso sobre como as estrelas se formam, evoluem e morrem? Você se interessa sobre buracos negros, big bang e cosmologia? Então, o seu lugar é na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA)”, assim começa o convite aos jovens cientistas divulgado pela organização da OBA.

O objetivo da OBA, de acordo com o Dr. João Batista Garcia Canalle, astrônomo e coordenador nacional do evento, é levar “a maior quantidade de informações sobre as ciências espaciais para os espaços escolares, despertando o interesse nos jovens”. Em 20 anos de existência, a OBA já superou a marca dos 8 milhões de participantes. Em 2016, a olimpíada teve a participação de 744.107 estudantes de 7.915 escolas de todos os estados do Brasil e do Distrito Federal, pontua Canalle.

Além de ter crescido, a OBA se multiplicou. Dentro da olimpíada foi criada a Mostra Brasileira de Foguetes, a MOBFOG, que tem cerca de 90 mil participantes por ano lançando seus foguetes aos céus do Brasil. Também nasceram as Jornadas Espaciais, as Jornadas de Foguetes, os Acampamentos Espaciais e os Encontros Regionais de Ensino de Astronomia (EREA). Este último já capacitou mais de 6.200 professores passando por diversas cidades do país.

“Na primeira vez que os alunos do NEI participaram da OBA, eles trouxeram para cinco medalhas de ouro, duas de prata e duas de bronze. Desta vez ‘quebramos a banca’”, entusiasma-se a Educadora de Ciências do Núcleo de Educação Integrada, Wallesandra Araujo Silva, Física e Mestre em Educação, ao falar de seus alunos e das 15 medalhas conquistadas. “Como cientista sinto-me empolgada ao vivenciar eventos com a seriedade da OBA proporcionando o acesso aos adolescentes. Como educadora sinto-me extasiada ao ver meus alunos protagonizando conquistas desta magnitude. Isso é educação que transforma! Para além de medalhas e diplomas de participação, a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica proporciona novas descobertas, ideias, técnicas e conhecimentos. Também incentiva o trabalho em equipe, reforça hábitos de estudo e desperta vocações científicas”, conclui.

A olimpíada é dividida em quatro níveis - os três primeiros são para alunos do ensino fundamental e o quarto, para os do ensino médio - e a prova é composta por dez perguntas: sete de astronomia e três de astronáutica. A maioria das questões é de raciocínio lógico. As medalhas são distribuídas conforme a pontuação obtida por cada nível. Os melhores classificados na OBA representam o país nas olimpíadas Internacional de Astronomia e Astrofísica e Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica de 2018. E os participantes dessa edição ainda vão concorrer a vagas nas Jornadas Espaciais, que acontecem em São José dos Campos (SP), onde os participantes recebem material didático e assistem a palestras de especialistas. Segundo Canalle, a iniciativa não tem a intenção de criar rivalidade entre escolas ou promover competição entre cidades ou estados. “Queremos promover a disseminação dos conhecimentos básicos de forma lúdica e cooperativa entre professores e alunos, além de mantê-los atualizados”. Organização A OBA é coordenada por uma comissão formada por membros da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e da Agência Espacial Brasileira (AEB). São promovidos, desde 2009, os Encontros Regionais de Ensino de Astronomia (EREAs), entre 10 e 12 por ano. O programa é realizado com

Para a Educadora Ericka Vitta, Diretora do Núcleo de Educação Integrada da Fundação Romi, participar de uma Olimpíada, seja ela qual for, é uma experiência enriquecedora aos seus participantes. Em especial as destinadas aos estudantes, que visam muito além do conteúdo acadêmico, a capacidade de relacionar conceitos, interpretar fatos, resolver problemas e buscar soluções criativas ao tema proposto. Essas competências avaliadas demostram o quanto a escola tem papel fundamental no processo educativo dos seus alunos. De modo geral, as escolas, no seu dia a dia, estão muito voltadas à grade curricular obrigatória, desenvolvendo conteúdos desvinculados de suas realidades onde a memorização de conceitos são o principal foco de ensino, cobrados posteriormente em inúmeras provas de cunho conteúdistas. Nesse modelo educativo há poucos espaços para desenvolver propostas extracurriculares que representem novos desafios e ofereçam oportunidades atraentes para ampliação do conhecimento dos alunos que querem algo a mais. “O resultado dos alunos medalhista do NEI comprovam a eficácia e a qualidade do trabalho que desenvolvemos em nossa escola. Estamos colhemos os frutos de uma educação transformadora, inovadora que atende aos apelos e necessidades do século XXI. Parabéns a todos envolvidos no processo educativo, alunos, professores e familiares que confiaram a educação dos seus filhos a essa “Grande” escola”, afirma Vitta.