Dezoito anos de música e violão, muitas das apresentações na faculdade, e vários eventos em diferentes lugares. A história do professor da Anhanguera de Santa Bárbara d’Oeste, Marcos Estevan, mostra como a música pode estar inserida na sala de aula. Por meio de paródias e apresentações, seu método de ensino já contribuiu para a formação de muitos profissionais.
Marcos ganhou seu primeiro violão aos oito anos de idade; e aos 13 começou a tocar e cantar para a família. No colégio, ele era a atração das festas. Formou-se em Publicidade e Propaganda, também pela Anhanguera, e hoje, aos 31 anos, o educador concilia a vida de publicitário, professor e músico. Durante o dia ele trabalha em uma rádio da cidade, à noite, como professor e, mais tarde, em alguns dias da semana, canta e toca em barzinhos e eventos empresariais.
“A música está inserida em todas as minhas atividades. Na faculdade tive a oportunidade de produzir diversos jingles (músicas utilizadas para ações publicitárias) e participar de semanas de comunicação. É uma felicidade muito grande poder lecionar na instituição onde me formei e, além disso, inserir a música na formação dos alunos”, conta Marcos.
“Desde criança eu sempre tive vontade de cantar e tocar, sempre gostei. Sou movido à música. Faço tudo ouvindo música no meu dia a dia. E, nas aulas, não poderia ser diferente. Consegui inserir a música durante as aulas, com paródias e apresentações, pois a música ajuda a entender o conteúdo. Antes das provas, vários dos resumos são passados em forma de música, e os alunos adoram”.
Considerada como uma prática cultural e humana, a música está inserida em diversos momentos da vida das pessoas. Ela é utilizada como arte, mas também, como forma educacional ou terapêutica – a musicoterapia. Segundo a psicóloga Marily Fortunato, a música contribui muito no processo de terapia, tanto para crianças, como para adultos. “O profissional de musicoterapia utiliza a música e seus elementos, como harmonia, melodia, ritmo e som, em tratamentos como reabilitação física, mental e social de indivíduos ou mesmo trabalhos em grupos”, explica Marily.
Neste ano, o Ministério da Saúde incluiu a musicoterapia na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PICs) do Sistema Único de Saúde (SUS). Para Marcos, a música traz movimento, interatividade, momentos de reflexão e até mesmo educação. “Com certeza, a decisão do Ministério da Saúde contribuirá para a vida de muitas pessoas. A música continuará fazendo parte do meu dia a dia, que precisa de muita disciplina e organização. Cantar e ensinar me traz felicidade”.