Fundação Romi participa do I Seminário Internacional de Educação para o Século XXI

Evento foi realizado no Centro de Convenções da UNICAMP

Voltado para profissionais da educação que atuam em todos os graus de ensino, psicopedagogos, psicólogos, alunos de graduação e pós-graduação, o I Seminário Internacional de Educação para o Século XXI, que aconteceu este mês, no Centro de Convenções da UNICAMP, contou com a participação da Fundação Romi, através de profissionais que integram a equipe do Núcleo de Educação Integrada.

O evento contou com a presença de pesquisadores de renome nacional e internacional interessados em discutir as possíveis medidas necessárias para melhorar a qualidade da educação. O objetivo principal é criar espaços para reflexão e debates sobre a Educação que se fundamenta nos quatro pilares da Educação do Século XXI e de temas que estão intimamente relacionados com os saberes e fazeres dos profissionais da educação.

O Seminário Internacional – organizado e promovido pelo Laboratório de Psicologia Genética da Faculdade de Educação da UNICAMP –, firmou-se como um espaço de aprofundamento e ampliação de conhecimentos, permitindo a discussão e a reflexão sobre a Educação do Século XXI. 

Ainda segundo os organizadores do evento, a partir desses quatro pilares, os profissionais da educação podem escolher com mais segurança dentre as práticas educativas que utilizam quais são as mais eficazes a fim de que os alunos possam aprender a conhecer, pois consideram prazeroso o ato de compreender ou construir o conhecimento. 

Para a Educadora do Ensino Infantil do Núcleo de Educação Integrada, Danielle P. Ribeiro Savi, “a importância de estarmos presentes no I Seminário Internacional de Educação para o Século XXI, foi a oportunidade de criarmos espaços de aprofundamento e ampliação de conhecimentos, que permitisse a nós, profissionais da educação, a discussão e a reflexão sobre a Educação para o nosso século, e assim, agregar conhecimento e ferramentas para o aprimoramento das práticas pedagógicas à nossa escola. A Educação se dá na relação entre sujeitos. Portanto, é o encontro entre pessoas, entre histórias e experiências diversas uma das maiores riquezas do processo educacional, essa possibilidade de troca de experiências e saberes é uma das potencias da escola”, destaca. 

Ericka Vitta, Diretora da escola da Fundação Romi, afirma que “’Pensar a Educação para o século XXI’, no qual já estamos inseridos, requer dos educadores em especial, estudos profundos sobre as necessidades que a contemporaneidade nos impõe. Vivemos num outro contexto social, a diversidade, a comunicação, a colaboração, o pensar em ’rede’ são termos em pauta, viver no século XXI é um desafio por si só. A escola é chamada a se reinventar, reformular o pensamento, desconstruir arquétipos , rever conceitos e sobretudo cumprir sua função social, agora não mais a de informar e sim formar.”

Além de uma série de apresentações de trabalhos científicos e debates, os três intensos dias oportunizaram a interação com grandes nomes. Dentre os destaques do seminário sobressaíram: “A escola e a construção de competências para a educação desse século” ministrada por Maria Inês Fini, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) do Ministério da Educação; “A teoria de Jean Piaget como fundamento da educação deste século?” da Profa. Dra. Zélia Ramozzi-Chiarottino, Prof. Sênior Titular da USP; e, “A Educação deste século e o construtivismo piagetiano” apresentada pela Profa. Dra. Orly Zucatto Mantovani de Assis do Laboratório de Psicologia Genética da Faculdade de Educação da UNICAMP.

Ericka conclui que “nossas crianças e jovens devem construir competências que os possibilite transformar esse mundo, caótico, que estão recebendo como herança de uma sociedade descompromissada com a Ética e a Cidadania. Estudar, refletir, rever práticas, se despir da vestimenta de detentores absolutos do conhecimento para vestir, agora sim, uma nova roupagem que nos permita ousar, criar e, sobretudo, ouvir e dar espaço para que nossos alunos sejam literalmente os protagonistas. Não há outro caminho para tais propósitos que não seja o aprender a aprender, a ser, a conviver e a fazer e construir uma nova história para educação desse país”, disse.

As instituições de ensino com sala de aula, lousa, alunos enfileirados, professor e livro didático surgiram no século XIX. Essa metodologia tradicional encaixa o aluno num papel passivo, simplesmente ouvindo as explicações. Ao inverter esse modelo e fazer com que o jovem, o adolescente e a criança vivenciem as aulas fora do ambiente regular de uma escola, a resultante é um aumento, efetivo, na participação em classe, mas principalmente, na construção do conhecimento. “O aluno assume o protagonismo de sua formação, compreendendo que seu desenvolvimento e evolução dependem, sobretudo, de como ele mesmo lida com o processo de aprendizagem (Problem-Based Learning – PBL)”, reitera Ericka Vitta, Diretora Núcleo de Educação Integrada.