Dia D da vacina contra febre amarela movimenta postos de saúde

Sábado mais de 200 pessoas fizeram fila na UBS da Vila Linópolis

As Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Santa Bárbara d’Oeste registraram movimento intenso de pessoas em busca da vacina contra a febre amarela. O município participou ontem de um “Dia D” de intensificação para atender a demanda. Na Vila Linópolis, mais de 200 pessoas aguardavam para a imunização no período da manhã. A vacinação terá continuidade nas próximas semanas.

Para receber a vacina, a população deve comparecer à Unidade Básica de Saúde (UBS) com documento de identificação e, se possível, o cartão do Sistema Único de Saúde (SUS) e de vacinas. O atendimento é realizado levando em conta a capacidade de 100 doses diárias em cada unidade.

Mais de 1,9 mil pessoas já foram imunizadas nesta semana. Em todo o Estado, mais de 7,2 milhões de pessoas foram vacinadas contra a febre amarela. O número é próximo às 7,4 milhões de doses aplicadas ao longo de todo o ano de 2017. A campanha no estado foi encerrada ontem, mas a vacinação continua. Segundo a pasta, em conjunto com os municípios, será realizado um monitoramento para identificar os não vacinados, e cada prefeitura desenvolverá a iniciativa que considerar mais apropriada para alcançá-los.

Devem tomar a vacina pessoas de nove meses a 59 anos. No caso das pessoas acima de 60 anos, é necessário que estejam em bom estado de saúde e não apresentem sistema imunológico comprometido, seja por uso de medicamentos ou algum agravo de saúde. 

A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores, e possui dois ciclos de transmissão: silvestre (quando há transmissão em área rural ou de floresta) e urbano. O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados e não há transmissão direta de pessoa a pessoa. A doença tem importância epidemiológica por sua gravidade clínica e potencial de disseminação em áreas urbanas infestadas pelo mosquito Aedes aegypti.

O vírus da febre amarela é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados. A doença não é passada de pessoa a pessoa. Há dois diferentes ciclos epidemiológicos de transmissão, o silvestre e o urbano. Mas a doença tem as mesmas características sob o ponto de vista etiológico, clínico, imunológico e fisiopatológico.  A pessoa apresenta os sintomas iniciais 3 a 6 dias após ter sido infectada.

Os sintomas iniciais da febre amarela incluem o início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. A maioria das pessoas melhora após estes sintomas iniciais. No entanto, cerca de 15% apresentam um breve período de horas a um dia sem sintomas e, então, desenvolvem uma forma mais grave da doença.

Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia (especialmente a partir do trato gastrointestinal) e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Cerca de 20% a 50% das pessoas que desenvolvem doença grave podem morrer.

Depois de identificar alguns desses sintomas, procure um médico na unidade de saúde mais próxima e informe sobre qualquer viagem para áreas de risco nos 15 dias anteriores ao início dos sintomas, e se você observou mortandade de macacos próximo aos lugares que você visitou. Informe, ainda, se você tomou a vacina contra a febre amarela, e a data.

O tratamento é apenas sintomático, com cuidadosa assistência ao paciente que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso, com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicado. Nas formas graves, o paciente deve ser atendido em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para reduzir as complicações e o risco de óbito. Medicamentos salicilatos devem ser evitados (AAS e Aspirina), já que o uso pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas. O médico deve estar alerta para quaisquer indicações de um agravamento do quadro clínico.

Mais informações podem ser obtidas na Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência ou na Vigilância em Saúde pelo telefone (19) 3455-1654.