Professores rejeitam proposta patronal e ingressa com dissídio coletivo

Em assembleia no último sábado, dia 17, os professores da Educação Básica e Superior que integram o Sindicato de Campinas e Região rejeitaram as propostas feitas pelos representantes patronais. O sindicato engloba oito municípios da região incluindo Santa Bárbara d’Oeste.
A assembleia também autorizou o Sinpro a ingressar com ação de dissídio coletivo na Justiça do Trabalho, decretar Estado de Greve Permanente e ampliar a agenda de mobilização com o intuito de intensificar a organização da categoria e denunciar os desmandos dos patrões.
Na Educação Básica, a proposta rejeitada constava a instituição de banco de horas e compensação de feriados, parcelamento de férias, retirada da garantia semestral de salários, diminuição do Recesso para 20 dias, retirada das janelas, fim da Participação no Lucros e redução em 50% da bolsa de estudo, limitando a uma vaga.
A contraproposta do Sinpro é de assinatura da nossa Convenção Coletiva de Trabalho por dois anos, com vigência até 2020, reajuste e participação nos lucros, manutenção dos atuais direitos coletivos e a inclusão de novos direitos como o pagamento das horas tecnológicas para os docentes.
Quanto ao reajuste, a proposta é de reposição integral da inflação e aumento real global nos dois anos de 3%. A inflação acumulada desde a última data base, em março/2017, é de 2,2%. O valor corresponde à média aritmética de três indicadores – ICV-Dieese, INPC-Ibge e IPC-Fipe. Esse tem sido o critério adotado nos últimos anos para calcular a recomposição inflacionária.
A reivindicação é o pagamento de Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) de 24% (2018) e de 30% (2019). Como nos anos anteriores, a proposta quer o pagamento até 15 de outubro de cada ano.
Com validade até fevereiro de 2019, as Convenções Coletivas de Trabalho dos professores da Educação Superior já asseguram as cláusulas sociais que foram intensamente debatidas na campanha anterior. Agora, os sindicatos e os representantes patronais devem atualizar cláusulas econômicas e financeiras, como plano de saúde, bolsa de para os cursos de psicologia, odontologia, medicina e direito, reajuste salarial e PLR ou abono.
Segundo informações do Sinpro, a única clausula apresentada pelo SEMESP foi uma proposta para alteração no plano de saúde dos docentes. Os professores negaram a proposta dos representantes patronais por entenderem que seria um retrocesso para a categoria. A reivindicação do Sinpro é pela manutenção de todas as cláusulas da nossa Convenção Coletiva de Trabalho.