SB vai intensificar vacinação contra sarampo e pólio
Centenas de casos foram registrados no país e deixaram a população em alerta

A ocorrência de centenas de casos confirmados de sarampo no país e a morte de um bebê em Manaus deixaram a população em alerta. O Ministério da Saúde vai lançar no dia 6 de agosto a campanha de vacinação e Santa Bárbara d’Oeste vai intensificar a importância das vacinas de SCR (Sarampo, Caxumba e Rubéola).
O Brasil não registrava casos desde 2014 e a volta da doença preocupa. O sarampo já foi uma das principais causas de mortalidade infantil no país e pode deixar sequelas neurológicas. O vírus provoca manchas vermelhas no corpo, febre alta, tosse, coriza, conjuntivite e pontos brancos na mucosa bucal.
A vacina contra o sarampo está disponível na rede pública. A Secretaria de Saúde de Santa Bárbara d'Oeste informou que as vacinas de SCR (Sarampo, Caxumba e Rubéola) e Poliomielite já fazem parte do calendário vacinal. Este ano já foram aplicadas 3.348 doses de SCR e 5.970 doses de Poliomielite.
A mais comum é a Tríplice Viral, que protege ainda contra rubéola e caxumba. A Tetra Viral fornece ainda proteção adicional contra a varicela. São indicadas duas doses em um intervalo de um a dois meses. Em crianças, o intervalo deve ser um pouco maior, sendo a primeira dose entre os primeiros 12 e 15 meses de vida.
Este ano o Ministério da Saúde divulgou um vídeo com a Xuxa, a eterna rainha dos baixinhos, que será a madrinha da campanha de vacinação contra a poliomielite e o sarampo. O filme faz uma viagem ao passado, nas décadas de 80/90, quando a Xuxa despontou e também foi a época do nascimento do Zé Gotinha e quando o Brasil assumiu os compromissos de eliminar o sarampo e a poliomielite.
O objetivo da campanha é resgatar a importância de manter a vacinação das crianças em dia. O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmitida pela fala, tosse e espirro, e extremamente contagiosa, mas que pode ser prevenida pela vacina. Pode ser contraída por pessoas de qualquer idade. As complicações infecciosas contribuem para a gravidade da doença, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. Em algumas partes do mundo, a doença é uma das principais causas de morbimortalidade entre crianças menores de 5 anos de idade.
O comportamento endêmico do sarampo varia, de um local para outro, e depende basicamente da relação entre o grau de imunidade e a suscetibilidade da população, além da circulação do vírus na área.
Principais sinais: febre alta, acima de 38,5°C; dor de cabeça; manchas vermelhas, que surgem primeiro no rosto e atrás das orelhas, e, em seguida, se espalham pelo corpo; tosse; coriza; conjuntivite e manchas brancas que aparecem na mucosa bucal conhecida como sinal de koplik, que antecede de 1 a 2 dias antes do aparecimento das manchas vermelhas.
O período de infecção dura cerca de sete dias, onde surge a febre, acompanhada de tosse seca, coriza, conjuntivite e fotofobia. Do 2° ao 4° dia desse período, surgem as manchas vermelhas, quando se acentuam os sintomas iniciais. O paciente apresenta prostração e lesões características de sarampo: irritação na pele com manchas vermelhas, iniciando atrás da orelha (região retroauricular).
O sarampo é uma doença que compromete a resistência do hospedeiro, facilitando a ocorrência de superinfecção viral ou bacteriana. Por isso, são frequentes as complicações, principalmente nas crianças até os dois anos de idade, em especial as desnutridas e adultos jovens.
A ocorrência de febre, por mais de três dias, após o aparecimento das erupções na pele, é um sinal de alerta, podendo indicar o aparecimento de complicações, sendo as mais simples: infecções respiratórias; otites; doenças diarreicas e neurológicas.