O número de casos de hanseníase registrou crescimento em Santa Bárbara d´Oeste na comparação dos anos de 2017 e 2018. Ano retrasado, foram diagnosticados dois casos e ano passado, subiu para nove na cidade. Este mês, conhecido como Janeiro Roxo, é marcado por ações de prevenção, combate e conscientização da doença.
Os números de casos da doença na cidade foram informados pela Secretaria Municipal de Saúde, por meio da assessoria de imprensa. Os dados são do SINAN - Sistema de Informação de Agravos de Notificação.
Segundo a pasta, durante o mês de janeiro, as unidades de Saúde do Município intensificarão as ações para diagnóstico, com orientações e busca ativa de pacientes com sintomas suspeitos. Em Santa Bárbara, os casos de hanseníase com diagnóstico tanto pelo SUS (Sistema Único de Saúde)quanto em consultórios particulares e convênios são todos encaminhados ao AMDIC (Ambulatório Médico de Doenças Infecto Contagiosas) para acompanhamento com médico dermatologista (hansenólogo), que faz o acompanhamento durante todo o tratamento.
O tratamento medicamentoso geralmente ocorre no período de seis a 12 meses, podendo ser estendido em alguns casos. Entretanto, mesmo após o tratamento é necessário o comparecimento em consulta uma vez ao ano para acompanhamento e verificação de possíveis casos de recidivas de hanseníase. Os comunicantes intradomiciliares e outras pessoas com tempo prolongado de contato com o paciente em tratamento também são acompanhados no ambulatório para verificar a possível transmissão da doença.
Sobre a doença
Popularmente conhecida como lepra, a Hanseníase é causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que é transmitida pelo ar - por meio de gotículas de saliva eliminadas pela fala, tosse e espirro - e pelo contato direto com as lesões da pele de um portador da doença que não esteja em tratamento. A doença afeta principalmente a pele e os nervos, o que causa limitações de mobilidade em seus portadores. Em si a Hanseníase não mata, mas suas complicações podem ser letais. A Hanseníase tem cura e o tratamento é feito exclusivamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Não há necessidade de isolamento do paciente, mas sim de tratamento e exames anuais por um período. Sob tratamento, a transmissão cessa logo nas primeiras semanas.