Santa Bárbara confirma três casos suspeitos de febre maculosa

Cidade vem mapeando locais onde há presença de carrapatos e áreas de risco

A Secretaria de Saúde de Santa Bárbara d’Oeste informou, ontem, que a cidade registra três casos suspeitos de febre maculosa. As notificações estão em investigação. Em 2018, o município confirmou cinco casos positivos, sendo um óbito. Na região, cidades vêm registrando casos suspeitos. Em Americana, são seis notificações.

A cidade vem trabalhando no mapeamento dos locais onde há presença de carrapatos e as áreas de risco para Febre Maculosa. Estes locais recebem placas de advertência aos frequentadores. “Além disso, o município realiza palestras com informações sobre as medidas preventivas em todas as escolas municipais e, sob demanda, em outros estabelecimentos como escolas estaduais, particulares, clubes de serviço, empresas, entre outros, com o objetivo de levar informações de prevenção à população”, informou a pasta.

Segundo o Ministério da Saúde, a febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável. Ela pode variar desde as formas clínicas leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de letalidade. A febre maculosa é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato. 

No Brasil duas espécies de riquétsias estão associadas a quadros clínicos da Febre Maculosa: a rickettsia rickettsii, que produz a doença grave registrada no norte do estado do Paraná e nos Estados da Região Sudeste e rickettsia sp. cepa Mata Atlântica, que tem sido registrada em ambientes de Mata Atlântica, produzindo quadros clínicos menos graves.

Os principais sintomas da febre maculosa são parecidos com dengue, zika e chikungunya, por isso a população deve ficar atenta. Os sintomas são: febre acima de 39ºC e calafrios, de início súbito; dor de cabeça intensa; conjuntivite; náuseas e vômitos; diarreia e dor abdominal; dor muscular constante; insônia e dificuldade para descansar; inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés; gangrena nos dedos e orelhas e paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões causando paragem respiratória.

Além disso, após o desenvolvimento de Febre Maculosa é comum o desenvolvimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, mas que podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou solas dos pés. A transmissão da Febre Maculosa, em seres humanos, é basicamente por meio da picada do carrapato infectado pela bactéria causadora da doença. Os carrapatos permanecem infectados durante toda a vida, em geral de 18 a 36 meses.

O cidadão deve evitar áreas com presença de carrapatos (como beira de rios, riachos, represas, lagoas, pesqueiros, chácaras e sítios) e, caso frequente algum destes locais, usar roupas compridas, claras e verificar o corpo de hora em hora. Caso, ao frequentar locais com carrapatos, encontrar algum no corpo, deve ficar em observação pelo período de 15 dias. Caso tenha os sintomas, deve buscar atendimento médico e relatar o ocorrido ao profissional.