A Região Metropolitana de Campinas já vem registrando casos confirmados de sarampo. No último final de semana, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo intensificou a vacina na Grande São Paulo. Os casos registrados são nas cidades de Campinas, Hortolândia e Indaiatuba. A Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste aguarda as determinações do Governo Estadual.

A Secretaria Municipal de Saúde de Indaiatuba confirmou na última sexta-feira (19) dois casos de sarampo na cidade. O Departamento de Vigilância Epidemiológica recebeu o resultado positivo do Instituto Adolfo Lutz, sendo classificado como importado residente e outro autóctone. 

O primeiro caso é de um menino de 10 anos, residente no bairro Jardim Paulista II com duas doses da vacina tríplice viral, histórico de viagem recente para São Paulo capital e estudante da E.E Annunziatta Leonilda Virginelli Prado. O segundo caso é uma menina de 1 ano que não frequenta creche e não tem histórico de viagem, é residente no bairro Nova Veneza. A criança apresentou os sintomas em maio e foi atendida em unidade de saúde privada em Salto, a notificação chegou na segunda quinzena de junho por meio de laboratório particular. De acordo com a Vigilância Epidemiológica de Indaiatuba há mais um caso em investigação.

Campinas também divulgou quatro casos de sarampo, sendo todos os registros em crianças que estudam na mesma creche no bairro DIC 6. A Secretaria Municipal de Saúde informou a imprensa que a escola com os casos é o CEMEI (Centro Municipal de Educação Infantil) Ministro Gustavo Capanema. Os alunos infectados com menos de um ano de idade não tinham tomado a vacina, que é recomendada a partir de 12 meses. A pasta vem promovendo a intensificação da vacina na cidade.

A cidade de Hortolândia também divulgou um caso suspeito da doença. A Secretaria de Saúde informou que o caso está em análise. Este é o primeiro caso suspeito da doença no município nos últimos 10 anos. Uma equipe da Prefeitura aplicou a vacina em moradores do Jardim Novo Ângulo onde o suspeito de ter contraído a doença reside. 

De acordo com informações do Ministério da Saúde, o Sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, que pode ser transmitida pela fala, tosse e espirro, mas que pode ser prevenida pela vacina. Pode ser contraída por pessoas de qualquer idade. As complicações infecciosas contribuem para a gravidade da doença, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade.

O Sarampo caracteriza-se pelo surgimento de manchas vermelhas, inicialmente no rosto e atrás das orelhas, e depois se espalham pelo corpo. Dentre os principais sintomas estão febra alta, acima de 38,5°C, dor de cabeça, tosse, coriza, conjuntivite e o surgimento de manchas brancas na mucosa bucal que antecede, entre um a dois dias, o surgimento das manchas vermelhas. Em 2016, o Brasil recebeu, da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o certificado de erradicação da doença.

Desde fevereiro de 2018, o Brasil tem reportado a circulação do vírus do sarampo (genótipo D8) em 11 estados da federação. O Ministério da Saúde confirmou 426 casos de sarampo em sete estados do Brasil. O novo boletim foi divulgado nesta quarta-feira (17). Outros 810 casos estão em investigação e 986 já foram descartados. São Paulo lidera o ranking com o maior número de infecções: representa 82% de todos os registros do país. 

Santa Bárbara d'Oeste

A Secretaria de Saúde de Santa Bárbara d'Oeste segue as determinações do Governo do Estado, que não incluiu até o momento o município nas campanhas de intensificação contra o sarampo. Entretanto, a Secretaria ressalta ainda que as doses da vacina contra o sarampo, caxumba e rubéola (SCR) estão disponíveis de segunda a sexta-feira nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde), de acordo com o cronograma de atendimento de cada posto médico.