Principal competição anual do vôlei, a Liga das Nações não vai ser realizada em 2020. Ontem, a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) anunciou o cancelamento da competição nesta temporada por causa da pandemia do coronavírus. A entidade máxima da modalidade considerou imprudente manter a disputa entre seleções, o que colocaria em risco atletas, comissões técnicas e torcedores.

"Juntamente com nossos parceiros, exploramos todas as opções para sediar a Liga das Nações 2020. Parte do que torna a liga tão especial é que é um evento verdadeiramente global, apreciado por jogadores e especialmente por fãs de todo o mundo. Mas essa força também aumenta seu risco durante a atual pandemia. Seria, portanto, imprudente, talvez até irresponsável, prosseguirmos com o evento quando não podemos proporcionar aos jogadores e a todos os envolvidos a certeza de que seria seguro", disse Ary Graça, presidente da FIVB.

A Liga das Nações 2020 estava prevista para começar no dia 19 de maio para as mulheres e 22 de maio para os homens. A competição rodaria o mundo com várias sedes até as finais na China para as mulheres e na Itália para os homens. No dia 13 de março, a FIVB chegou a anunciar um adiamento da liga, tentando encontrar novas datas seguras para sua realização. No entanto, a evolução da pandemia no mundo atrapalhou os planos para esta temporada.

"Nossa atenção agora se volta para a Liga das Nações 2021 para garantir que seja a nossa melhor edição de sempre. Sei que nossos incríveis atletas serão incansáveis em seus esforços para se preparar para a competição, e não tenho dúvidas de que o próximo ano será um ano muito emocionante para o vôlei", disse Ary Graça.

As equipes classificadas para a Liga das Nações deste ano mantêm suas vagas para a edição de 2021, incluindo o Brasil, que foi vice-campeão no feminino e quarto colocado no masculino em 2019. A Challenger Cup, torneio de acesso para a Liga das Nações, também foi cancelada.

Com o cancelamento da Liga das Nações, a seleção brasileira fica sem competições em 2020. O ano seria cheio com a disputa também das Olimpíadas de Tóquio, que foram adiadas para 2021.