O consumo de bebidas alcoólicas
entre as mulheres tem se tornado cada vez mais
frequente. Segundo dados levantados pela Pesquisa Nacional de Saúde (PNS)
revela que 17% das mulheres com mais de 18 anos
de idade, consumiram bebidas alcoólicas uma vez ou mais por semana em 2019. O
estudo foi realizado com base no estado de saúde, estilo de vida, saúde bucal e
doenças crônicas destas pessoas.
Para Alfredo Almeida Pina Oliveira,
especialista em práticas de promoção da saúde e coordenador
do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Enfermagem da
Universidade UNG, apesar do consumo do álcool ser muito
comum, existem problemas que podem ser reduzidos ou
evitados. Os riscos dependem de diversos fatores como
a quantidade de álcool consumida, padrão de consumo, vulnerabilidade (genética,
psicológica, social), presença de doenças prévias ou
uso de medicamentos, outros hábitos de saúde, entre
outros. "Sabe-se que o consumo nocivo do álcool está
fortemente relacionado com cerca de 200 tipos de doenças,
lesões resultantes de violência e acidentes de trânsito e
morte", explica.
Os principais
problemas de saúde associados ao álcool são: transtornos
por uso do álcool, suicídios, violência doméstica, lesões no
trânsito, epilepsia, cirrose hepática, câncer
(boca, esôfago, intestino, mama), pancreatite,
tuberculose e hipertensão (pressão alta).
Algumas doenças são totalmente atribuíveis ao
álcool, como por exemplo, a
síndrome de dependência do álcool, enquanto outras têm uma
grande parcela atribuível ao álcool, como é o caso da
cirrose (em 48% de todos os casos de cirrose estima-se
que a causa seja o consumo de álcool). No
caso de lesões no trânsito, câncer de boca e
pancreatite, mais de 25% dos casos são atribuíveis ao
álcool.
"O consumo de álcool
causa prejuízos não apenas à saúde de quem bebe, mas
também de seus familiares. Problemas de relacionamento,
violência, negligência, gastos e perda de patrimônio e da
sociedade como um todo, acidentes de trânsito, prisão e
redução da produtividade no trabalho", disse o
especialista.