Mortes e novos casos de Covid-19 continuam em alta na região

Santa Bárbara d'Oeste e Campinas continuam entre os municípios com maior índice de mortes pelo novo coronavírus no DRS-Campinas, com 131 e 135 mortes por 100 mil habitantes, respectivamente. Os dados analisados pelo Observatório PUC-Campinas se referem à semana iniciada em 10 de janeiro e encerrada em 16 de janeiro de 2021. Mesmo com aumento de oferta de leitos de UTI, as internações se mantiveram em níveis preocupantes.

Neste momento, o DRS-Campinas é o segundo em número de casos e óbitos no estado de São Paulo. Também em relação ao número absoluto de casos e óbitos por semana, o DRS Campinas ficou atrás, apenas, da Grande São Paulo. Até 16/01, foram notificados 174,5 mil casos e 4,5 mil mortes, na região de Campinas – letalidade de 2,64%. Na RMC foram 127,8 mil casos e 3,4 mil óbitos, até o momento – letalidade de 2,66%. Por fim, o município de Campinas registrou 47,5 mil casos até o momento, com 1.555 óbitos – letalidade de 3,27%.

Os municípios com menor incidência são Vargem e Tuiuti, com 870 e 1.265 casos por 100 mil habitantes, respectivamente. Na outra ponta, Paulínia, Indaiatuba e Jundiaí são os municípios com maior incidência, todos com mais de 4.800 casos por 100 mil habitantes. Em relação aos demais municípios paulistas, 13 dos 42 municípios do DRS-Campinas e 11 dos 20 municípios da RMC estão entre os 25% de maior incidência – corte em 3.798 casos por 100 mil habitantes.

Mesmo com o anúncio do início da vacinação, o infectologista André Giglio Bueno aconselha a população a não baixar a guarda. “Os efeitos práticos da vacinação para a sociedade como um todo levarão certo tempo para aparecer, de modo que é essencial que as pessoas entendam a importância da adesão às medidas não farmacológicas para reduzir a circulação do vírus neste momento. A esperança e euforia com as boas notícias de ontem não podem fazer com que essas medidas sejam deixadas de lado”, afirma.

Economicamente, o início da vacinação também não trará efeitos a curto prazo. “Seguimos afirmando que, sem medidas de proteção da renda e do emprego e diante do cenário econômico e social atual, os efeitos da pandemia podem ser devastadores para economia brasileira, e consequentemente para economia regional no primeiro trimestre”, avalia Paulo.