Dia Nacional do Diabetes: Saúde de SP registra aumento de atendimento por diabetes nos últimos três anos

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo registrou, em 2023, 17.857 atendimentos ambulatoriais e hospitalares a pacientes portadores de diabetes. Esse número tem crescido nos últimos três anos. Nesta semana, no último dia 26 de junho, foi lembrado o Dia Nacional do Diabetes. Diante da alusão ao dia, a pasta estadual alerta para a doença, que atinge cerca de 7% da população nacional, de acordo com o Ministério da Saúde, o que representa um número próximo a 15 milhões de pessoas. Com impacto permanente, o diabetes pode levar a sérias complicações na saúde dos portadores.

 

“A pandemia contribuiu para esse aumento no número de atendimentos relacionados ao Diabetes Mellitus (DM) nos últimos anos. Com o isolamento social, as pessoas ficaram mais sedentárias e passaram a ter hábitos alimentares menos saudáveis. Como consequência, observamos aumento da incidência de sobrepeso e obesidade, condições intimamente ligadas ao desenvolvimento e à piora da evolução da doença,” disse a Dra. Lilian Halcsik Sollitari Gugoni, médica endocrinologista do Conjunto Hospitalar de Sorocaba. Para ela, uma das medidas fundamentais à saúde do paciente é o diagnóstico precoce, observando que, por ser uma doença com sintomas de difícil identificação, muitos portadores de diabetes não são diagnosticados.

 

De janeiro a abril deste ano, os ambulatórios da rede estadual registraram 10.742 atendimentos a pacientes com diabetes e, nos hospitais, foram 7.115 atendimentos. Em comparação, em todo o ano de 2019, foram feitos 12.724 atendimentos ambulatoriais e 22.078 atendimentos hospitalares. Ou seja, os três primeiros meses de 2023 representaram 51,3% dos atendimentos daquele ano.

 

Em 2021, os atendimentos somavam 43.106, um crescimento de 20,9% em relação aos 35.627 atendimentos realizados em 2020. Em 2022, foram registrados 50.191 atendimentos, o que representa um crescimento de 16,4% em relação ao ano anterior. Esse crescimento, pressionado pela pandemia de Covid-19, que levou muitas pessoas a abandonarem a rotina, também é atribuído ao aumento do consumo de comidas ultraprocessadas e fast food.